quarta-feira, 30 de março de 2011

A novela PLR dos correios

ao que tudo indica a ECT não vai mudar muito os termos já colocados na primeira proposta de valores da plr/2010,pelo que observamos pelas ultimas noticias vindas ,tanto da empresa quanto da fentect ou seja mais uma vez o final feliz será para a ECT e o governo denominado "dos trabalhadores".Fica assim evidenciado que a representatividade dos trabalhadores da ect esta cada vez mais fraca e atrelada ao governo ,raras algumas exceções de sintects ,porém se quisermos mudar essa projeção de declive na nossa estrutura sindical ainda te salvaguarda ou seja e o próprio trabalhador se inteirar mais do que anda realizado seus representantes.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

[plr] Correios apresentam lucro a comissão da fentect

A FENTECT apresenta proposta aprovado pela categoria no XII CONSIN, R$ 2Mil linear

A comissão da ECT apresentou o que segundo eles seria o lucro obtido no ano de 2010, R$ 826 milhões, sendo que deste valor 50% é repassado ao governo federal, e do valor repassado ao governo federal 25% é revertido para o pagamento da PLR, ou seja, R$ 97 milhões para o pagamento da PLR. A Comissão Permanente da FENTECT solicitou cópias de documentos para analise econômica dos dados apresentados pela ECT, que se comprometeu a disponibilizá-las o mais rápido possível. A FENTECT também solicitou para análise a planilha de critérios da ECT e a definição do mês de pagamento da PLR.

O Comando da ECT fez uma apresentação sobre a legislação e a resolução 010 do DEST, que trata da distribuição de lucro das estatais. Foram debatidos os critérios de distribuição da PLR, onde o Comando da FENTECT fez constar sua contrariedade ao modelo adotado pela ECT, que exclui do pagamento as trabalhadoras em licença gestante, acidentes de trabalho, suspensão disciplinar e outros. Sobre este ponto a Comissão da empresa pacificou o entendimento de que a licença gestante não pode ser motivo de exclusão do pagamento, assim como se comprometeu a não incluir o GCR no cálculo de pagamento da PLR. Ficou acertado que na próxima reunião retomaremos as discussões sobre os demais critério

Ficou acertado o seguinte calendário de reuniões entre a comissão permanente da
FENTECT e Comissão de Negociação da ECT:
1/03 (terça-feira);
03/03 (quinta-feira);
15/03 (terça-feira);
17/03 (quinta-feira);
e 22/03 (terça-feira).

A Comissão da FENTECT avalia que o valor apresentado pela ECT, se dividido de forma linear, corresponde a aproximadamente R$ 900 para cada trabalhador. Em que pese o modelo de lucratividade, os valores a serem distribuídos não atendem nossa reivindicação, que é de R$ 2 mil. A Comissão da FENTECT entende ainda que a alta produtividade exigida no ano de 2010, onde a empresa não realizou concurso público e ainda com um deficit de pelo menos 10 mil trabalhadores, justifica em termos de resultado o pagamento adicional por parte da ECT. Cabe lembrar que no ano de 2009 a empresa não apresentou lucro contábil, e com a mobilização dos trabalhadores a ECT destinou 104 milhões para o pagamento da PLR, como forma de resultados.

Sendo assim, é possível e justificável a reivindicação dos trabalhadores. A Comissão da FENTECT entende também que o pagamento para as trabalhadoras em licença gestante e a retirada do GCR para fins de distribuição da PLR é um grande avanço.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Frente Parlamentar fortalece Correio Público de qualidade

terça-feira, 22 de fevereiro de 201


Foi aprovada nesta terça-feira (22/02), a criação da Frente Parlamentar em defesa, qualidade e valorização do Correio Público e dos trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos - ECT. O pedido partiu do deputado Carlos Bordalo, líder da bancada do PT, e é uma das alternativas encontrada por ele para regularizar a situação desta categoria e fortalecer seu caráter público. "O objetivo da Frente é conscientizar ainda a sociedade, bem como as autoridades públicas, acerca da manutenção da ECT como estatal, alertando contra os riscos de eventual privatização. Este é um setor do Estado que não pode cair nas garras da iniciativa privada, sob risco de vermos aí os problemas que verificamos, por exemplo, no atual serviço de energia elétrica", aponta o parlamentar.

Outro ponto que compete à Frente Parlamentar diz respeito ao incentivo pelo debate, com intuito de equacionar questões de interesse dos trabalhadores e da sociedade civil no que se refere à relevância dos serviços prestados pela ECT, bem como a melhoria das condições de trabalho para seu funcionalismo. "Vamos dar um passo importante para solucionar a causa dos trabalhadores dos Correios. Esta Frente visa fomentar o amplo debate acerca da quebra do monopólio da prestação do serviço postal e da privatização da Empresa de Correios e Telégrafos", destaca Bordalo.

As reuniões da Frente Parlamentar contarão com a participação dos deputados, de representantes das entidades sindicais e associações representativas dos segmentos, além de órgãos estaduais.

A Empresa de Correios destaca-se por prestar um serviço de qualidade mundialmente reconhecida, além de desfrutar junto à opinião pública da mais alta confiabilidade. Os serviços da Empresa também configuram, por muitas vezes, a única maneira de intercâmbio de comunicação em algumas localidades do Pará.

Autor: Ass. de imprensa/ Dep. Carlos Bordalo

Fonte: JusBrasil

sábado, 19 de fevereiro de 2011

GLOBO CONTNUA CRIMINALIZANDO MST

18 de fevereiro de 2011
por Emanuel Cancella, no site do MST
Noite de 13 de fevereiro. Assistia distraidamente o Fantástico, programa de maior audiência do fim de domingo da televisão. Entre amenidades diversas, de repente começa uma matéria que duraria longos minutos com o objetivo exclusivo de  criminalizar os sem-terra.  A reportagem usou como mote o estado do Mato Grosso. Várias autoridades, como delegado de polícia e membro do Ministério Público, foram escolhidas como fontes para atacar o movimento de luta pela reforma agrária.
A partir da postura criminosa de dois ditos líderes de camponeses pegos em flagrante delito o programa tentou generalizar de forma pejorativa a postura dos sem-terra no estado. Bandidos existem em todo lugar, ou como tenta nos convencer o programa, bandidagem seria monopólio dos pobres? Imagens dos acampamentos com lona preta foram mostradas de forma a imputar ação criminosa a esses camponeses que lutam para ter um pedaço de terra.
Mato Grosso é dos estados brasileiros talvez o que concentra o maior número de latifundiários. Em 2009, o próprio presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho (APROSOJA), Glauber Silveira, revelou que 90% dos produtores do Mato Grosso estão irregulares e 50% poderão por conta disso perder as terras.
Além disso, o Brasil é o único país de dimensões continentais que não fez a reforma agrária. O mesmo programa que tenta criminalizar os sem-terra omite a ação dos latifundiários no estado. Mais do que isso, a reportagem dá fala a fazendeiros, mas não entrevista uma liderança nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para que o telespectador possa ter uma outra visão sobre o episódio. São atitudes nada inocente como essa da grande mídia que perpetuam o poder dos latifundiários no país.
A sociedade é a grande vitima desse tipo de política responsável pelo inchaço nas grandes cidades. Além disso, os grandes fazendeiros praticam a monocultura voltada para exportação. Propriedade de poucas famílias, os latifúndios pouco têm a oferecer ao país.
Já a reforma agrária, prevista na Constituição Federal, assentaria milhares de famílias no campo. Poderiam, com apoio dos governos, aumentar em muito a produção de alimentos. Hoje já são responsáveis por mais da metade dos alimentos que frequentam diariamente a mesa dos brasileiros.
A mídia deveria entrar em nossos lares para explicar o que é o latifúndio e a reforma agrária. Infelizmente, o que nós assistimos na telinha da Globo e de todas as emissoras comerciais são ataques ferozes ao que lutam por uma sociedade justa e igualitária, como fazem os trabalhadores sem-terra. Sem a necessária e urgente democratização dos meios de comunicação, a reforma agrária não será televisionada!

A era o pleno emprego

Emprego: taxa de desocupação é de apenas 3,1% para quem tem faculdade, diz IBGE.


RIO – O diploma da faculdade já garante a milhares de brasileiros o pleno emprego. Levantamento exclusivo do IBGE, nas seis principais regiões metropolitanas do país, mostra que a taxa de desemprego da população que tem nível superior atingiu em 2010 seu menor nível em oito anos: 3,1% – quase a metade da média nacional (6,7%). Segundo especialistas, é o mesmo que dizer que praticamente não falta trabalho – ainda que, muitas vezes, fora da área da formação – para quem passou pelos bancos universitários.


O aumento da qualificação fora da universidade também chama a atenção. Segundo o IBGE, o país encerrou 2010 com 7,6 milhões de pessoas, 34,1% do total de trabalhadores nessas seis regiões metropolitanas, com algum curso de qualificação concluído ou em andamento. É mais que o dobro dos 3,7 milhões de trabalhadores nessa condição em dezembro de 2002.


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Cabral oferece palacete no Rio para abrigar instituto de Lula

Foto:Carlos Magno-17.fev.2011/Governo do Rio de Janeiro


O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), sugeriu ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que a sede do futuro instituto dele na cidade seja no palacete Linneo de Paula Machado, em Botafogo, zona sul do Rio.

A sugestão foi feita anteontem à noite em jantar na casa do governador. Dele participaram também o prefeito Eduardo Paes e o empresário Eike Batista.

Há um problema na oferta: o imóvel não pertence ao Estado. Em setembro do ano passado a prefeitura confirmou que negociava a compra por R$ 10 milhões, mas não informou o que faria com ele.

Começaram a circular rumores de que ali seria a sede da Fundação Lula. A prefeitura negou e disse que a negociação estava encerrada.

A Folha apurou, porém, que as negociações não pararam. Começou-se a buscar um "mecenas" --um empresário que comprasse o imóvel e o cedesse ao ex-presidente.

O casarão de 1.750 m2, instalado em um terreno de mais de 8.000 m2 em área nobre da cidade, está desocupado desde 2005.

Na tarde de ontem, assessores do ex-presidente estiveram no local e ficaram impressionados com o imóvel em estilo eclético francês, construído no início do século passado pelo empresário Cândido Gafrée.

Tombado pelo Estado e pelo município, o palacete tem que ser preservado, o que afasta as incorporadoras.

Avaliação feita pela Ademi-RJ (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro) calcula que, se fosse possível construir ali, o imóvel valeria entre R$ 60 milhões e R$ 64 milhões.

Ainda no Rio, Lula recebeu ontem o sociólogo Emir Sader, presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa. Segundo Sader, o ex-presidente ainda está decidindo onde funcionará o instituto.

"Ele está cauteloso. Não sabe ainda como se colocar, como fazer e qual identidade vai assumir. Mas me disse que não quer fazer uma fundação como fez FHC em torno da própria pessoa."

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O  dono do ninho

Aécio Neves acumula aliados e vitórias, enquanto Serra tenta manter-se à tona. Do resultado da disputa depende ofuturo do PSDB e da oposição. Por Leandro Fortes e Sergio Lirio. Foto: Ed Ferreira/AE
A posse dos novos deputados federais e senadores, em 1º de fevereiro, marcou também o fim das férias da oposição. Iludiu-se, porém, quem esperava a apresentação de uma agenda de contraposição ao governo Dilma Roussef. Em vez disso, a plateia assistiu a um bate-boca entre os grupos que disputam a hegemonia no PSDB e em seu satélite, o DEM. Alguns lances poderiam ser confundidos com brigas familiares no subúrbio, o que levou um gaiato e experiente senador a sugerir a CartaCapital que, por trás das cenas explícitas de descortesia, talvez esteja uma estratégia das legendas de se aproximar das massas.
Rodrigo Maia, presidente do DEM, chegou a comparar a situação atual de José Serra, derrotado nas eleições presidenciais do ano passado, à do ditador egípcio Hosni Mubarak: “O projeto presidencial de 2010 tem de entender que já passou e está como o governo do Egito: caiu e só falta desocupar o espaço”. Senador eleito por São Paulo e um dos poucos serristas que têm coragem de se expor, Aloysio Nunes Ferreira atacou a coleta de assinaturas de apoio à manutenção de Sérgio Guerra no comando do PSDB, cargo cobiçado por Serra: “É um método odioso para qualquer tipo de indicação partidária, ainda mais para o presidente nacional do partido”. Nunes Ferreira ainda desdenhou de Aécio ao dizer que sua candidatura à Presidência da República não era “natural” e que havia outros nomes.
A contenda parece totalmente favorável a Aécio. Enquanto Serra conta com Nunes Ferreira e a velha simpatia da mídia, em especial a paulista, o senador mineiro acumula cada vez mais força no tucanato, tem a preferência inconteste das lideranças que hoje importam no DEM e transita bem em alas do governismo – PSB, PDT e PP apreciam seu estilo. Além disso, unidos pela aversão a Serra, Aécio e o governador paulista Geraldo Alckmin teriam feito um acordo: trabalhar em conjunto para enterrar o serrismo e dividir o comando da legenda. Antes desconfortável no PSDB, a ponto de discutir no ano passado sua desfiliação, o neto de Tancredo parece ter o ninho à sua inteira disposição. Tanto que a boataria sobre quem poderia deixar o partido se inverteu. Agora é Serra quem teria cogitado sair, espalha-se na praça. O mais provável, no entanto, é que os boatos tenham surgido de uma meia-verdade somado a um raciocínio tortuoso. O ex-governador paulista tenta evitar que seu aliado Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, troque o DEM pelo PMDB. Se a permanência de Kassab no Democratas for impossível, Serra preferiria que o amigo fundasse uma nova agremiação – tanto para evitar que o prefeito caia na órbita dilmista quanto para deixar uma porta aberta, caso não encontre mais espaço entre os tucanos.
Há quem dê como certa a filiação de Kassab ao PMDB, com as bênçãos do vice-presidente Michel Temer. No núcleo serrista e mesmo entre tucanos paulistas não alinhados ao candidato presidencial derrotado, essa migração não parece tão clara. Não se descarta, inclusive, a permanência de Kassab onde sempre esteve ou, hipótese mais remota, seu ingresso no PSB, no qual se tornaria realmente a grande liderança do partido em São Paulo (no PMDB, ao contrário do que o próprio Kassab imagina, não seria tão fácil herdar os votos e a máquina do quercismo ou mesmo virar o principal cacique).
O jogo é mais complexo para o grupo aecista porque os eventos não têm ocorrido exatamente como relata a mídia. Se existe uma aliança entre o mineiro e Geraldo Alckmin, ela é mais circunstancial do que se imagina. O governador paulista preferiria se manter equidistante na disputa. Alckmin irritou-se, ante a coleta de assinaturas a favor da permanência de Guerra na presidência do PSDB, por ter sido obrigado a manifestar apoio a Serra em nome das conveniências locais. Também reclama de uma parte da herança “maldita” herdada no estado. Os serristas entregaram as contas públicas equilibradas, mas a boa contabilidade foi obtida graças às concessões e vendas do patrimônio estatal (o mais sintomático, a venda da Nossa Caixa ao Banco do Brasil). Com o projeto presidencial em mente, Serra procurou capitalizar os cofres estaduais para investir nos últimos anos de mandato. Em consequência, Alckmin ficou sem ter o que privatizar, à exceção da complicada Cesp, estatal de energia, que não pode ser vendida enquanto o governo federal não decidir sobre a renovação das concessões no setor. Resumo: suas chances de encher os cofres, fazer investimentos e mostrar serviço ficaram sensivelmente limitadas. Sua equipe econômica será obrigada a mágicas. Além disso, Alckmin considera ter Serra extrapolado no confronto com os professores estaduais – sua intenção é reconquistar parte da categoria com aumento de salários, mais contratações e melhores condições de trabalho.
Ainda assim, Alckmin e Serra se falam ao menos de três em três dias – embora a iniciativa parta quase sempre do ex-governador. O contato com Aécio é esporádico, quando não inexistente. Quem conhece Alckmin interpreta sua estratégia: mesmo se perder a disputa interna agora e para sempre, Serra e o recall dos 44 milhões de votos obtidos em 2010 não poderão ser simplesmente ignorados. Sua posição terá peso e o governador de São Paulo, apesar de cultivar o estilo provinciano, acalenta o projeto de disputar novamente a Presidência. Há limites, portanto, na suposta aliança café-com-leite.
É nessas nuances que Serra deposita esperanças. Na quarta-feira 9, diante das sucessivas notícias desfavoráveis a suas pretensões de presidir o PSDB, desembarcou em Brasília no seu velho estilo. Nos bastidores, reclamou e ameaçou a bancada do partido. Diante das câmeras, mostrou-se cândido, como se a disputa pelo comando da legenda não o consumisse nas madrugadas em que passa acordado. Com a modéstia peculiar (ele que, na campanha, praticamente se apresentou como o descobridor do Brasil e o mentor da República), propôs um 11º mandamento: “Não atacarás o seu companheiro de partido para não servir ao adversário”. E ofereceu até uma versão apropriada ao Twitter: “Tucano não fala mal de tucano”. Anotou, Moisés?
Aécio, que tinha um compromisso fora do Congresso, achou por bem cancelá-lo para não faltar ao almoço e evitar a impressão de desfeita. Serra foi tratado com respeito e deferência, mas não angariou uma mísera nova simpatia no Parlamento. Nem conseguiu reverter o ânimo das bancadas em optar por Guerra e não por ele no comando do PSDB. Os dois lados andam no fio da navalha, pois experts em Serra afirmam que ele seria capaz de levar o tucanato à ruína final se assim lhe convier. A ver.
Mineiro e paulista não se viam desde o fim das eleições de 2010. Em janeiro, Aécio saiu de férias. Na volta, enfiou-se em reuniões com aliados de Minas Gerais sem se preocupar com os destinos nacionais da legenda. Em recentes encontros partidários, disse estranhar a reação do correligionário à manifestação dos deputados em prol da reeleição de Guerra. Explica-se: em novembro de 2010, menos de uma semana após a vitória de Dilma Rousseff, Serra participou em São Paulo de uma reunião de tucanos na casa de Andrea Matarazzo, ex-secretário estadual de Cultura, na qual teria apoiado de forma eloquente a permanência de Guerra. À luz dos últimos acontecimentos, interpretam os aecistas, a intenção seria interditar a possibilidade de o colega mineiro se credenciar para a vaga. Erro fatal.
Aécio nunca quis presidir o partido. Seus olhos miram algo bem maior e produtivo a seus planos: liderar a oposição no Congresso. Ao apoiar Guerra na casa de Matarazzo, Serra conseguiu, ainda sem saber, dar força a um aliado de Aécio no partido e cavar a própria cova. Não bastasse, o tucano paulista, preocupado com os próprios botões, descuidou-se do DEM e viu o mineiro levar outra: o baiano ACM Neto foi eleito o líder demista na Câmara. A conta da derrota deve ser creditada ainda ao desafeto Rodrigo Maia, que atuou na operação com prazer indisfarçável.
Surgido das entranhas do PMDB, o tucanato sofre de decrepitude precoce pelo fato de ser um partido que se pretende defensor da social-democracia, mas não possui base social. As duas vitórias eleitorais de Fernando Henrique Cardoso, ancoradas no Plano Real, criaram a falsa ilusão de consistência, expressa no projeto de 20 anos no poder de Sérgio Motta. A tripla derrota para Lula mostrou o quanto a legenda se resume a um amontoado de caciques rumo à aposentadoria. As exceções são Aécio e o paranaense Beto Richa, mas este é um político de expressão regional. Portanto, as opções na mesa não opõem apenas os projetos pessoais do mineiro e de Serra. Trata-se da sobrevivência da legenda – ou de uma ideia – no momento em que o futuro aponta para uma profunda reconfiguração do quadro partidário brasileiro. No momento, a beligerância serrista soa menos promissora que a oposição propositiva defendida por Aécio.
“Desse embate virá uma nova posição do PSDB em relação ao governo Dilma”, analisa o cientista política Murillo de Aragão. Segundo ele, o perfil de oposicionista puro de Serra, adotado pelo partido desde a crise do chamado “mensalão”, em 2005, deixou a sigla escrava de uma única circunstância: esperar os escândalos aparecerem no governo federal para, então, crescer com o apoio da mídia. “O PSDB passou a viver dessas migalhas de escândalos, erros e desacertos do governo alheio.” A única saída possível, diz, é abandonar a discussão centrada em nomes e, antes que seja tarde, pensar em como reestruturar a agremiação de modo a redefinir o seu papel.
Na visão dos aecistas, ao tentar impedir a recondução de Guerra à presidência da legenda, Serra acabou por criar uma divisão onde antes havia consenso. Discretamente, o senador mineiro tenta forçar o ex-governador paulista a abrir mão do personalismo baseado no poder do núcleo paulista e, generosamente (o que seria surpreendente), ouvir as demandas nacionais. Sem isso, avaliam, o partido caminharia para, talvez, a derradeira derrota eleitoral em 2014. Aécio, dizem seus apoiadores, teria se apresentado como candidato em 2010 não por voluntarismo, mas para agregar ao PSDB uma disposição maior ao diálogo, alternativa à política de enfrentamento nutrida em uma pretensa “excepcionalidade” paulista. Queria abrir canais de diálogo com o PSB do pernambucano Eduardo Campos e com o PMDB. O mineiro também se vê em melhores condições de atrair o PDT e o PP, hoje aliados do governo. “Qualquer aproximação com o PSDB só será possível com Aécio Neves à frente”, afirma o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF). “O estilo de Serra é o do confronto.”
Um dos sensos comuns diz que se colhe o que se planta. De qualquer maneira, surpreende o atual estado de abandono de Serra – e a total falta de constrangimento de seus correligionários em lançar tomates sobre ele. A começar por Fernando Henrique Cardoso. Em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, da Rede TV!, exibida no domingo 6, FHC criticou o uso do tema aborto na campanha eleitoral. Segundo o ex-presidente, a exploração política do assunto causou-lhe desconforto. Para quem não se lembra, o assunto, fomentado pela campanha serrista, frequentou a mídia com assiduidade até que uma ex-aluna revelou que Mônica Serra, mulher do candidato, havia confidenciado a um pequeno grupo de estudantes ter se submetido a um aborto durante o exílio. Após a revelação, o assunto desapareceu como por encanto – passou do topo das “preocupações nacionais” à quase completa irrelevância. Quatro dias antes, FHC, escanteado no debate eleitoral de 2010, fora reabilitado no programa partidário exibido nas tevês e rádios. Já Serra, o derrotado, nem sequer foi mencionado.
A exclusão de Fernando Henrique da campanha eleitoral e a vergonha de Serra de defender as privatizações realizadas entre 1994 e 2002, quando o partido estava no Palácio do Planalto, foram outros fatores fundamentais para alimentar as divergências do ex-governador paulista com seu colega mineiro. Passadas as eleições, Aécio buscou se aproximar de FHC (seria a entrevista à Rede TV! resultado dessa aproximação?). E obteve reciprocidade: o ex-presidente, que defende a antecipação da escolha do candidato do partido para 2012, tem dito ser o senador a melhor opção.
Se ficar sem a presidência do PSDB, o mais provável, Serra terá de arrumar uma forma de se viabilizar politicamente e se manter forte na bolsa de apostas nos próximos anos. Tanto pior se o governo Dilma for bem-sucedido. Em entrevistas recentes, ele negou a intenção de se candidatar à prefeitura de São Paulo. Seu cálculo está correto: disputar a eleição municipal, em geral desconectada da presidencial, seria abrir mão de liderar a oposição nacionalmente e admitir a aposentadoria. Mas Alckmin está dispoto a convencê-lo do contrário. Para o governador, Serra é não só o melhor, mas o único nome tucano. Com a possibilidade de Kassab engrossar as hostes dilmistas no estado, a posição do PSDB na capital ficará bem frágil. Ninguém duvida que o PT apostará alto na disputa de 2012. Conquistar a prefeitura – sozinho ou, eventualmente, em parceria com Kassab – permitiria aos petistas sonhar com o que parece impossível atualmente: lançar um nome competitivo ao governo paulista, último bastião de resistência do tucanato nas últimas duas décadas.
Resta uma última pergunta: nessa altura, Serra move-se por alguma fidelidade partidária ou seu projeto pessoal é a única coisa que interessa?
Colaborou Celso Calheiros, do Recife
Empresa confirma realização do concurso de 8 mil vagas

  A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) confirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, o compromisso de abrir ainda neste semestre o concurso público para preenchimento de cerca de 8 mil vagas. A estatal ficou de fora do corte orçamentário de R$ 50 bilhões de reais anunciado esta semana pelo Governo Federal.

As oportunidades serão abertas em todo território nacional, em cargos como os de atendente comercial, carteiro e operador de triagem e transbordo, todos para candidatos com o ensino médio completo, e também em cargos de nível superior. A empresa espera aplicar todas as etapas de provas até o primeiro semestre de 2011, com acompanhamento da Polícia Federal.

O novo concurso vai substituir a seleção anterior, que abriu 6.565 vagas em 2009 e que foi cancelada após inúmeros problemas com a Justiça. Os mais de 1 milhão de inscritos neste concurso podem solicitar, até 11 de abril, a devolução dos valores referentes ao pagamento da taxa de inscrição, que variavam de R$ 30 a R$ 60.

Para isso, basta que o candidato inscrito compareça em qualquer agência própria dos Correios, munido de documento de identidade com foto (preferencialmente o mesmo utilizado na inscrição) e CPF, caso tenha se cadastrado pela internet. Para facilitar a identificação, o candidato também pode apresentar o comprovante de inscrição. Veja aqui os endereços das agências dos Correios em todo o Brasil.

Em 2 de dezembro de 2010 o órgão divulgou um extrato desse novo edital, porém sem especificar a quantidade de vagas. Em seguida foi realizada uma audiência pública na sede da empresa, em Brasília, para discutir a minuta do edital completo, em que foram coletadas sugestões para aprimorar o processo da seleção e evitar os transtornos ocorridos com o último concurso.

O concurso anterior recebeu 1.064.209 inscrições, sendo 561.546 concorrentes somente para o cargo de carteiro. O número registra a maior quantidade de candidatos da história dos concursos no país. Por suspeitas de irregularidades no processo de contratação da Fundação Cesgranrio, empresa responsável pela organização dos exames, o Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF/DF) entrou com ação judicial recomendando a anulação do concurso e a devolução das taxas de inscrição a todos os candidato

Fonte: www.NAHORAONLINE.com

CORREIOS e "subsidiaria"

A direção dos correios estão em  processo de mudança do estatuto da empresa e dentre essas muitas mudanças uma se trata da possibilidadade dos correios ter subsidiarias ,assim como a petrobrás que hoje tem apenas 20% dos quadros funcional de empregados concursados e os restante da mão de obra  vem de suas subsidiarias ou seja uma forma de terceirização dos serviços ;assim sendo vemos essa ameaça rondar a ECT e por em risco quase 110 mil empregos,mesmo a empresa dizendo que as mudanças no estatuto e para modernizar a empresa  ,sabemos porém que essas propostas são simplesmente para atender areas do setor privado dos serviços de transporte e encomentas que veem investido pesado nas sucessivas campanha do PT para presidencia da republica .Mas e hora de toda a categoria se unir e vestir a camisa dos correios e lutar por uma empresa publica e de qualidade para atender 100% da população brasileira com eficiencia  o que ai sim estaria fazendo jus ao seu papel  de responsabilidade social e inclusão postal.