Dilma Rousseff ao fim de seu discurso de posse para o segundo mandato, com um juramento do que vai ser a tônica do seu governo. 'Nenhum direito a menos, nenhum passo atrás, só mais direitos e só o caminho à frente. Esse é meu compromisso sagrado perante vocês.No entanto, três dias antes, o governo anunciou que cinco benefícios previdenciários sofreriam cortes de R$ 18 bilhões. A tesoura vai cair sobre o seguro-desemprego, o abono salarial, a pensão por morte, o auxílio-doença e o seguro defeso (voltado para os pescadores). Todos de interesse direto dos pobres.
Porém trata-se de uma postura perigosa, pois a desconexão entre o que foi proposto na campanha eleitoral ou seja, um projeto de Brasil mais a esquerda, e o que verdadeiramente se esta executando, na pratica, um Brasil sendo entregue a direita, com a composição da equipe econômica do governo, quando os efeitos dessas mudanças, começarem a ser sentido pelo cidadão, isso potencializará de forma violenta o descrédito ao governo, por parte de seu eleitorado.
O cientista político André Singer, que
foi porta-voz do ex-presidente Lula, afirma na coluna O critério da verdade, que o discurso da presidente
Dilma Rousseff não tem correspondido a seus atos, e também relembra citação famosa de Karl
Marx, a de que a prática é o critério da verdade. "Ao jurar que nenhum
direito será diminuído, Dilma concorda com isso. Ao diminuí-los, adere
ao contrário. Como dizia o velho barbudo, é na prática que se demonstra a
verdade."
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